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sábado, 28 de setembro de 2013

Tudo Que Vem Fácil... Vai Fácil

É a capa de uma importante publicação sobre economia The Economist, apenas contrapondo sua capa de anos atrás.

Isso reflete algo que a muito tempo tenho dito e notado. (Nota isso é a minha opinião, você tem todo direito de discordar, como eu tenho de expor)
O povo brasileiro é imediatista, não sabe e não quer fazer qualquer planejamento. Resultado políticos que oferecem benefícios imediatos ficam populares. Sim! Novamente falo do Lula e da Bolsa Família.
E como é imediatista gastam toda sua recompensa na hora, achando que é obrigação receber mais. Aliás o povo de forma geral sempre acham que devem receber recompensas, e por que???
Porque se esforçam, logo merecem???
Não!!! A crença do povo é que merece, que o Brasil é o país do futuro. Pior muitos acreditam que o futuro já começou, e nós embarcamos nele.
Nesse caso uma parte é verdade o futuro já começou, mas nós não embarcamos nele, mais uma vez sentamos e deixamos o mesmo passar.
Deixamos passar porque não houve nenhum esforço para poder acompanhar. Então outro pensamento popular, não se acredita que devemos o acompanhar, se acredita que ele nos levará.
Logo não precisamos mudar para acompanhar o mundo, o mundo deve mudar para poder nos levar.
Isso gerou publicidade, a qual culminou em produzir uma celebridade: Lula, o filho do Brasil.
Aliás eu não vi esse filme, ele merecia concorrer a uma vaga para concorrer ao Oscar? Ou mais uma vez foi uma jogada política buscando inflar a popularidade do Lula?
E novamente repetindo o povo é imediatista, querem tudo de imediato, acham que merecem ser recompensador, aliás a recompensa eles chamam de obrigação.
Voltando a um reflexo do fato do povo ser imediatista é a memória seletiva. Eu sou de 1978, não votei para o primeiro presidente depois do fim da ditadura, que foi em 1989.
Ele recebeu um impeachment, não vou ficar descrevendo os motivos, depois assumiu seu vice Itamar que no final de seu mandato colocou como ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, aka FHC.
Um sociólogo para administrar a economia???
Mas por sorte desse país ele tinha um bom time de economistas, o qual não sei se foi escolhido por ele ou já havia sido escolhido pelo governo.
Esse time conseguiu algo nunca citado durante o governo Lula. Que foi colocar a economia em ordem.
Mas que fique bem claro que colocar em ordem era só um passo, assim outros deveriam ser feitos.
A economia do país deveria ser agilizada (eliminando gargalos e burocracia), ciar metas e objetivos, assumir responsabilidade e realizar planejamento.
O primeiro passo para organizar a economia foi ajeitar a moeda. Para esse ajuste da moeda foi feito um plano melhor, onde não bastava apenas rever o valor da moeda, cortando três zeros e congelando os preços. Foi feito toda uma avaliação do mercado verificando os seus maiores e mais gritantes problemas econômicos.
Para realizar esse estudo em vez de novamente cortar 3 zeros (reduzir em mil o valor da moeda em circulação) e congelar os preços. Foi criada uma unidade de valor, a URV, e posteriormente uma moeda baseada nela, o Real.
Uma vez que a moeda estava correta era preciso agilizar a economia, mas como? Eliminando seu maior obstáculo o elefante branco, também conhecido como monopólio do Estado.

Sim senhores vou falar de privatização. Muitos são no contra, muitos nem sabem o porque mas são contra.
Primeira mentira muito se prega que aquilo que é só estado é do povo. Muitos, na verdade a imensa maioria, se ilude com isso.
Qual é o banco de maior lucro do país, ou um dos mais?
Banco do Brasil, um banco de controle estatal.
Agora pergunto sendo ele de controle estatal, pois muitos não sabem mas as ações do BB estão na bolsa, logo o governo pode não ser o dono mas ele tem o controle. Voltando a pergunta já que o BB tem um lucro enorme, é um banco estatal e o estado recebe sua participação nos lucros. Por que o povo não recebe o lucro a que tem direito, não necessariamente em dinheiro mas em custos menores impostos, transportes e uma melhor educação gratuita.
Vou parar de falar sobre o monopólio estatal, senão eu me empolgo e fujo do assunto principal.
E apesar da estabilidade econômica e de um estado mais ágil durante o governo Lula foi deixado bem claro que ele recebeu uma herança maldita.
Na verdade senhores não foi bem assim, mesmo não goste do governo FHC pensem um pouco, o primeiro mandato dele foi conquistado.
Realmente não foi por um plano econômico que ele criou, mas ele usou sua influência dentro do governo para que o plano funcionasse, em outras palavras ele apadrinhou o plano. Poderia não ter funcionado, sim poderia. Mas na verdade ele funcionou, no seu segundo mandato devido a crises financeiras externas, a fragilidade do começo do plano e o risco Lula sobre o governo. A economia desandou, o US$ 1,00 chegou a R$ 4,00.
Havia o risco do Lula ser outro Hugo Chaves, que estatizaria tudo novamente. Tanto que ele teve que assinar um documento dizendo que não faria isso.
Como resultado tivemos Lula, em uma economia mundial bem melhor, sem crises com o crescimento dos países que produzem matéria-prima (como o Brasil) impulsionados pelo crescimento e aumento de consumo desses produtos da China.
Mesmo com todas essas oportunidades o que foi feito?
Ministérios foram criados, parentes contratados, assim o custo do governo aumentou. E ainda para eleição do seu segundo mandato foi “criado” o Bolsa Família, que na verdade é a união, junto com a expansão de benefícios criados no governo FHC, e claro com a devida troca de nome.
Isso gerou popularidade, e fama. Para a economia mundial como foi retratada na capa da The Economist o Brasil decolava.
Mas apesar de competente que analisa do lado de fora, e não o faz sempre pode ser pego de surpresa. Mas para muitos dos moradores do Brasil , não todos que não votaram no Lula ( não todos mas muitos) isso era uma tragédia a muito esperada.
Chegamos então a desconhecida eleita pela popularidade de Lula, Dilma. Antes que alguém diga ou insinue algo, deixo bem claro que ela nunca havia concorrido um cargo eletivo, trabalhava com políticos, mas não era uma política. 
Tanto que pode perceber claramente como a equipe de Marketing trabalhou sua imagem.
E apesar dela já ter afirmado que o Lula a deixou uma HERANÇA BENDITA. Mas o que pode ser visto com o crescimento em torno de 1% durante três anos consecutivos, combinado com a fuga de investidores de suas privatizações de nome trocado (de privatização para concessão) e culminado com a já citada capa recente da The Economist é que a herança econômica que foi deixada não é nada bendita.
Logo algo que é muito importante, mas foi ignorada e usada por Lula em busca da sua popularidade é o tempo. E tudo que na política chamam de resultado é na verdade é uma consequência de atos anteriores.
Seja quem for eleito em 2014 pegará um Brasil que novamente precisa ser arrumado, por algo que foi estragado pensando no resultado dos atos e não nas suas consequências.

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