Manifestações pedindo reforma
política, pedindo o impeachment de Dilma.
Disseram que essa foi a maior das
manifestações, maior que o pedido de diretas, maior que o pedido do
impeachment de Collor.
Bom se foi maior em números relativos
eu não sei, mas em números absolutos acredito que foi maior, já
que a população cresceu desde então.
Só dando uma leve explicação sobre o
que eu considero números relativos e absolutos, relativos seria o
percentual dos participantes sobre o total da população, logo
participantes: dividindo sobre o total, assim teremos o resultado da
porcentagem, absolutos é simplesmente o número. Bom finalizei a
minha chatice, metida a besta, matemática.
Agora é importante considerar que foi
uma manifestação forte, a qual atraiu a atenção não só do
Brasil mas do mundo. Pois além da participação do país no mundo
houve uma significativa melhora para coletar e divulgar informação.
Sendo mais claro nos meios de comunicação melhoram muito nesses
anos.
Agora qual será o impacto político
dessas ações. Atualmente o para que ocorra o impeachment de Dilma,
ela deve possuir algum crime no qual está realmente envolvida. Até
agora, 15/03/2015, existem apenas suposições. Fortes suposições,
mas estas sem uma prova real.
Caso ocorra o seu impeachment, ou ela
renuncie, tudo indica que quem assumirá o poder é alguém do PMDB.
Se espalha na internet que haverá uma
nova eleição devido ao tempo de posse, mas isso não ocorrerá.
Outra coisa que dizem é que deve haver interversão militar, mas
esse é o tipo de estupidez que nem deve ser considerada.
Logo assim um político do PMDB
assumirá o cargo, provavelmente Michel Temer o vice, deixando bem
claro eu não nutro nenhum carisma pelo PMDB. Esse me parece um
partido sem ideologia, sem projeto e com identidade duvidosa.
Mas sendo sincero eu não acredito que
um possível governo do PMDB piorará o Brasil em um curto prazo. Um
presidente do PMDB será menos ideologicamente isolado, assim o time
político poderá ser melhor constituído e o time econômico terá
maior liberdade.
Lembrando a alguns e outros que um
pouco mais de 20 anos o Brasil era um caos econômico, não conseguia
estabelecer uma moeda, logo não havia investimento vido de empresas
do exterior, não havia estimulo para o desenvolvimento tecnológico.
Assim o país era muito atrasado, onde só realmente quem possuísse
muito dinheiro poderia adquirir esses produtos.
Ok, mas onde isso se encaixa?
E foi um presidente recém alocado para
o PMDB, sendo que foi originado de um partido sem nenhuma expressão
política e ele havia conseguido seu cargo apenas por ter sido vice
de Collor, assim quem assumiu o cargo foi Itamar.
Esse político não foi o autor de nada
realmente marcante, mas sua atual posição permitiu que ele fizesse
o acordo necessário para algo realmente importante.
Isso foi o plano econômico que deu
origem a moeda real. A qual também não foi idealizada de forma
completa pelo ministro que assumiu, no caso FHC, mas pelo time que
FHC conseguiu montar e consultar.
Mas que fique bem claro que apesar do
mérito da elaboração do plano econômico ter pouquíssimo
envolvimento de FHC em sua elaboração, o mesmo usou sua posição
para o aplicar no governo. Como consequência ele foi eleito e
batizado de pai do real.
É exatamente nesse ponto que podemos
chegar caso a Dilma sofra impeachment e assuma o seu vice, o mesmo
até onde eu sei não possui capacidade para bem administrar o país
do jeito que ele precisa, mas também não é tão demagogo como a
Dilma, ou mesmo o Lula, a ponto de não aceitar ajuda para
administrar e melhorar o país.
Aceitando ajuda o resultado de sua
administração pode ser boa e pode resultar na criação de um
herói, como aconteceu no governo Itamar com FHC. Esse herói pode
ser alguém que não tenha sido candidato anteriormente, logo não
tenha compromisso com a popularidade e tome as medidas necessárias,
mas impopulares pois não tem um resultado imediato.
A grande verdade é que o país
necessita de alguém que administre sem buscar popularidade imediata,
pois a medidas tanto econômicas como as políticas necessárias não
resultarão em algo benéfico de imediato. E nesse caso a
popularidade será colocada em jogo, pois boa parte da população só
aceita os resultados quando ocorridos de forma imediata.
Isso beneficia atitudes como a de Lula,
que durante boa parte de seu governo recebeu um mundo que não só
estava economicamente bem, como focava boa parte de suas necessidades
em países com produção e desejo de consumo semelhantes ao do
Brasil.
Sendo que em busca de riqueza e
popularidade não trabalhou de forma que formasse uma base
sustentável para que a mesma não fosse passageira.
Mas que fique bem claro que mesmo a
população busca resultados imediatos, onde o sacrifício é algo
que muitos acreditam que já o fizeram o suficiente, e que
planejamento a maioria nem faz idéia do que envolve ou significa.
A grande verdade é que aconteça o que
acontecer será doloroso no curto prazo, mas talvez gere algo mais
satisfatório de modo mais duradouro.