É a capa de uma
importante publicação sobre economia The Economist, apenas
contrapondo sua capa de anos atrás.
Isso reflete algo que a
muito tempo tenho dito e notado. (Nota isso é a minha opinião, você
tem todo direito de discordar, como eu tenho de expor)
O povo brasileiro é
imediatista, não sabe e não quer fazer qualquer planejamento.
Resultado políticos que oferecem benefícios imediatos ficam
populares. Sim! Novamente falo do Lula e da Bolsa Família.
E como é imediatista
gastam toda sua recompensa na hora, achando que é obrigação
receber mais. Aliás o povo de forma geral sempre acham que devem
receber recompensas, e por que???
Porque se esforçam, logo
merecem???
Não!!! A crença do povo
é que merece, que o Brasil é o país do futuro. Pior muitos
acreditam que o futuro já começou, e nós embarcamos nele.
Nesse caso uma parte é
verdade o futuro já começou, mas nós não embarcamos nele, mais
uma vez sentamos e deixamos o mesmo passar.
Deixamos passar porque
não houve nenhum esforço para poder acompanhar. Então outro
pensamento popular, não se acredita que devemos o acompanhar, se
acredita que ele nos levará.
Logo não precisamos
mudar para acompanhar o mundo, o mundo deve mudar para poder nos
levar.
Isso gerou publicidade, a
qual culminou em produzir uma celebridade: Lula, o filho do Brasil.
Aliás eu não vi esse
filme, ele merecia concorrer a uma vaga para concorrer ao Oscar? Ou
mais uma vez foi uma jogada política buscando inflar a popularidade
do Lula?
E novamente repetindo o
povo é imediatista, querem tudo de imediato, acham que merecem ser
recompensador, aliás a recompensa eles chamam de obrigação.
Voltando a um reflexo do
fato do povo ser imediatista é a memória seletiva. Eu sou de 1978,
não votei para o primeiro presidente depois do fim da ditadura, que
foi em 1989.
Ele recebeu um
impeachment, não vou ficar descrevendo os motivos, depois assumiu
seu vice Itamar que no final de seu mandato colocou como ministro da
fazenda Fernando Henrique Cardoso, aka FHC.
Um sociólogo para
administrar a economia???
Mas por sorte desse país
ele tinha um bom time de economistas, o qual não sei se foi
escolhido por ele ou já havia sido escolhido pelo governo.
Esse time conseguiu algo
nunca citado durante o governo Lula. Que foi colocar a economia em
ordem.
Mas que fique bem claro
que colocar em ordem era só um passo, assim outros deveriam ser
feitos.
A economia do país
deveria ser agilizada (eliminando gargalos e burocracia), ciar metas
e objetivos, assumir responsabilidade e realizar planejamento.
O primeiro passo para
organizar a economia foi ajeitar a moeda. Para esse ajuste da moeda
foi feito um plano melhor, onde não bastava apenas rever o valor da
moeda, cortando três zeros e congelando os preços. Foi feito toda
uma avaliação do mercado verificando os seus maiores e mais
gritantes problemas econômicos.
Para realizar esse estudo
em vez de novamente cortar 3 zeros (reduzir em mil o valor da moeda
em circulação) e congelar os preços. Foi criada uma unidade de
valor, a URV, e posteriormente uma moeda baseada nela, o Real.
Uma vez que a moeda
estava correta era preciso agilizar a economia, mas como? Eliminando
seu maior obstáculo o elefante branco, também conhecido como
monopólio do Estado.
Sim senhores vou falar de
privatização. Muitos são no contra, muitos nem sabem o porque mas
são contra.
Primeira mentira muito se
prega que aquilo que é só estado é do povo. Muitos, na verdade a
imensa maioria, se ilude com isso.
Qual é o banco de maior
lucro do país, ou um dos mais?
Banco do Brasil, um banco
de controle estatal.
Agora pergunto sendo ele
de controle estatal, pois muitos não sabem mas as ações do BB
estão na bolsa, logo o governo pode não ser o dono mas ele tem o
controle. Voltando a pergunta já que o BB tem um lucro enorme, é um
banco estatal e o estado recebe sua participação nos lucros. Por
que o povo não recebe o lucro a que tem direito, não
necessariamente em dinheiro mas em custos menores impostos,
transportes e uma melhor educação gratuita.
Vou parar de falar sobre
o monopólio estatal, senão eu me empolgo e fujo do assunto
principal.
E apesar da estabilidade
econômica e de um estado mais ágil durante o governo Lula foi
deixado bem claro que ele recebeu uma herança maldita.
Na verdade senhores não
foi bem assim, mesmo não goste do governo FHC pensem um pouco, o
primeiro mandato dele foi conquistado.
Realmente não foi por um
plano econômico que ele criou, mas ele usou sua influência dentro
do governo para que o plano funcionasse, em outras palavras ele
apadrinhou o plano. Poderia não ter funcionado, sim poderia. Mas na
verdade ele funcionou, no seu segundo mandato devido a crises
financeiras externas, a fragilidade do começo do plano e o risco
Lula sobre o governo. A economia desandou, o US$ 1,00 chegou a R$
4,00.
Havia o risco do Lula ser
outro Hugo Chaves, que estatizaria tudo novamente. Tanto que ele teve
que assinar um documento dizendo que não faria isso.
Como resultado tivemos
Lula, em uma economia mundial bem melhor, sem crises com o
crescimento dos países que produzem matéria-prima (como o Brasil)
impulsionados pelo crescimento e aumento de consumo desses produtos
da China.
Mesmo com todas essas
oportunidades o que foi feito?
Ministérios foram
criados, parentes contratados, assim o custo do governo aumentou. E
ainda para eleição do seu segundo mandato foi “criado” o Bolsa
Família, que na verdade é a união, junto com a expansão de
benefícios criados no governo FHC, e claro com a devida troca de
nome.
Isso gerou popularidade,
e fama. Para a economia mundial como foi retratada na capa da The
Economist o Brasil decolava.
Mas apesar de competente
que analisa do lado de fora, e não o faz sempre pode ser pego de
surpresa. Mas para muitos dos moradores do Brasil , não todos que
não votaram no Lula ( não todos mas muitos) isso era uma tragédia
a muito esperada.
Chegamos então a
desconhecida eleita pela popularidade de Lula, Dilma. Antes que
alguém diga ou insinue algo, deixo bem claro que ela nunca havia
concorrido um cargo eletivo, trabalhava com políticos, mas não era
uma política.
Tanto que pode perceber claramente como a equipe de
Marketing trabalhou sua imagem.
E apesar dela já ter
afirmado que o Lula a deixou uma HERANÇA BENDITA. Mas o que pode ser
visto com o crescimento em torno de 1% durante três anos
consecutivos, combinado com a fuga de investidores de suas
privatizações de nome trocado (de privatização para concessão) e
culminado com a já citada capa recente da The Economist é que a
herança econômica que foi deixada não é nada bendita.
Logo algo que é muito
importante, mas foi ignorada e usada por Lula em busca da sua
popularidade é o tempo. E tudo que na política chamam de resultado
é na verdade é uma consequência de atos anteriores.
Seja quem for eleito em
2014 pegará um Brasil que novamente precisa ser arrumado, por algo
que foi estragado pensando no resultado dos atos e não nas suas
consequências.