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domingo, 13 de outubro de 2013

Gimme the Prize - Queen

Bom mais uma vez eu vou ficar filosofando, desta vez vou filosofar sobre a felicidade. Obviamente eu tentarei emendar toda essa minha filosofia a uma crítica a sociedade.
Dentro desse conceito a felicidade é bem mais ligada a posse do que a satisfação, e para muitos ser satisfeito significa possuir objetos, elementos. Mas possuir não conquistar.
Assim não importa como você conseguiu o objeto, não importa se você ganhou por dó, ou se foi resultado de um esforço. O que interessa é a posse, e claro esse sentimento de posse logo deixa de ser satisfação e é substituído por um outro desejo.
Pois aquilo que o satisfazia anteriormente não o faz mais, pior em muitos casos passa a ser uma obrigação. Por exemplo não é tão antigo, apesar de com certeza não ser recente coisa de 20 anos, celulares eram coisas raras (e caras), mesmo o telefone fixo não era algo fácil de se conseguir. Assim possuir um significava que era um bem a ser declarado no imposto de renda. Logo quando houve a abertura de mercado quando se podia comprar um celular de forma imediata, sem fila de espera, possuir um telefone deixou de uma prioridade, o que aconteceu a seguir foi o acesso a internet que deixou de ser feita por telefone, foi uma necessidade e está se tornando uma obrigação. E onde a felicidade se encaixa?
Foi mais feliz quem conseguiu conquistar quando poucos tinham, ou quem recebeu quando já era um artigo comum? De quem a felicidade/satisfação foi mais duradoura?
Um dos maiores, se não for o maior, problema do Brasil é a ambição combinada com a preguiça. Detalhe preguiça foi a palavra que encontrei para a falta de vontade de se esforçar.
Logo a satisfação para muitos se origina de uma obrigação de receber, não de conquistar. E como eu já disse antes isso combina com a preguiça, pior leva a preguiça.
A preguiça inibe, ou elimina, a evolução. Sem evolução não há premiação. Se não há premiação não existe o desejo. Sem desejo, sem esforço. E se, esforço temos a preguiça.
E temos o circulo vicioso, que começou porquo existe o desejo de receber a recompensa antes. Mas se receber essa recompensa antes é eliminada o estimulo/desejo de alcançar um objetivo e ser premiado... e novamente eu venho a repetir meu argumento.
Se tudo acontece sem esforço algum, não existe forma da recompensa ser criada e se a mesma não for criada ela não existe.
Isso mostra como o imediatismo é muito prejudicial, não gera resultados satisfatórios, gerando apena suspiros e ilusões de satisfação. Mostra também como é uma moeda política, satisfazendo de imediato desejos e de certo modo criando novas necessidades, minando o amadurecimento e aumentando a dependência.

Finalizando aposto que o salário mínimo e as aposentadorias terão reajustes significativos de ocorrência imediata, para que se conquiste um resultado satisfatório para o governo.

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