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segunda-feira, 21 de julho de 2014

True Blood

Faz muito tempo que vampiros viraram moda pop, eles conquistaram esse lugar várias vezes e de muitos jeitos.
Dracula, Bela Lugosi, John Carpenter, Anne Rice, Garotos Perdidos, A Hora do Espanto, Lestat e recentemente Crepúsculo e seus derivados. Eu não sou velho, hummm não tanto, mas lembro dos produtos relacionados a vampiros do fim da década de 80 até o comecinho deste século. Começo deste século que papo de idoso.
Durante a década de 90 e o começo do século (eu novamente com esse papo, idade é fogo) eu consumi produtos relacionados aos vampiros que recebiam destaque nessa época. Os romances de Anne Rice, como Entrevista com o Vampiro, e o jogo de RPG mais popular da época: Vampiro a Máscara. 
Sendo um pouco superficial, e colocando o meu ponto de vista no texto, eu consigo identificar 3 fases dos vampiros na cultura pop, 3 fases até agora.
A primeira vamos colocar como sua criação até os anos 1980 e poucos, nesse período os vampiros eram basicamente seres ruins, os quais para se alimentar precisavam matar ou ferir outros, e sentiam prazer nesses atos.
Na fase seguinte os vampiros ganharam um pouco mais de humanidade, perdeu um aspecto muito forte na fase anterior que era a influência religiosa, como fraqueza diante de crucifixos, e passaram a formar sociedades. Assim deixando de serem apenas monstros para serem “pessoas”.
Agora cintando a terceira fase a qual digo que seu inicio se deu com a popularidade do livro Crepúsculo. Que para agradar seu publico alvo os vampiros se tornaram heróis, bem humanos. Perdendo as suas fraquezas se mostrando apenas como super-humanos.
Nesse mesmo tempo chegou aos cinemas o filme Deixe Ela Entrar, a qual mostrava os vampiros mais semelhantes a fase anterior que eram maus por necessidade e não por prazer, mas o que realmente se popularizou foram os vampiros humanizados de Crepúsculo.
Eu realmente não entendia o desgosto que alguns tinham pela humanização dos vampiros que havia ocorrido nas décadas de 80 e 90. Mas depois da fase Crepúsculo eu entendo, afinal mudar radicalmente aspectos aos quais se está acostumado é complicado.
Quem leu o texto até aqui pode estar pesando que eu escrevi tudo isso apenas para lamentar as mudanças e expor de como no meu tempo era bom. Na verdade o que me levou a ficar divagando sobre esse assunto foi que eu comecei assistir True Blood, um seriado.
Esse seriado foi lançado um pouco antes ou um pouco depois da fase Crepúsculo, não! eu não vou ficar pesquisando datas, e esse seriado é bem comentado e divulgado.
Logo por muito apesar de eu estar curioso quanto ao seriado, eu também tinha um receio a respeito do que seria, na minha cabeça era outro Crepúsculo.

Eu não preciso dizer no texto que me enganei, mais que isso eu me surpreendi e gostei.
Em sua história o que possibilita que os vampiros passem a conviver com humanos é um produto artificial que imita o sangue, substituindo parte da necessidade dos vampiros.
Apenas parte pois ela simula o sabor e substitui a parte “nutritiva”. Mas apesar de simular o sabor, muitos dos vampiros já não se sentem atraídos por esse produto, e ainda existe o desejo da emoção da caçada, do terror e da sedução que é feita sobre suas vítimas. E mesmo podendo conviver pacificamente com os vampiros ainda existe um preconceito bem presente entre a “raça humana”.
Esses elementos servem como um bom combustível para a história da série, mas existem ainda outros não citados que também servem como alimento para intrigas, disputas, desafios e até mesmo brigas dentro da história.
Assim em meio ao conto de fadas do século XXI que popularizou os vampiros, pode se dizer o sangue não é rosa.

(pensei, pensei e pensei em uma frase/trocadilho para acabar o texto mas não consegui pensar em nada)

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