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domingo, 15 de março de 2015

Nunca antes na história desse país – Lula


Manifestações pedindo reforma política, pedindo o impeachment de Dilma.
Disseram que essa foi a maior das manifestações, maior que o pedido de diretas, maior que o pedido do impeachment de Collor.
Bom se foi maior em números relativos eu não sei, mas em números absolutos acredito que foi maior, já que a população cresceu desde então.
Só dando uma leve explicação sobre o que eu considero números relativos e absolutos, relativos seria o percentual dos participantes sobre o total da população, logo participantes: dividindo sobre o total, assim teremos o resultado da porcentagem, absolutos é simplesmente o número. Bom finalizei a minha chatice, metida a besta, matemática.
Agora é importante considerar que foi uma manifestação forte, a qual atraiu a atenção não só do Brasil mas do mundo. Pois além da participação do país no mundo houve uma significativa melhora para coletar e divulgar informação. Sendo mais claro nos meios de comunicação melhoram muito nesses anos.
Agora qual será o impacto político dessas ações. Atualmente o para que ocorra o impeachment de Dilma, ela deve possuir algum crime no qual está realmente envolvida. Até agora, 15/03/2015, existem apenas suposições. Fortes suposições, mas estas sem uma prova real.
Caso ocorra o seu impeachment, ou ela renuncie, tudo indica que quem assumirá o poder é alguém do PMDB.
Se espalha na internet que haverá uma nova eleição devido ao tempo de posse, mas isso não ocorrerá. Outra coisa que dizem é que deve haver interversão militar, mas esse é o tipo de estupidez que nem deve ser considerada.
Logo assim um político do PMDB assumirá o cargo, provavelmente Michel Temer o vice, deixando bem claro eu não nutro nenhum carisma pelo PMDB. Esse me parece um partido sem ideologia, sem projeto e com identidade duvidosa.
Mas sendo sincero eu não acredito que um possível governo do PMDB piorará o Brasil em um curto prazo. Um presidente do PMDB será menos ideologicamente isolado, assim o time político poderá ser melhor constituído e o time econômico terá maior liberdade.
Lembrando a alguns e outros que um pouco mais de 20 anos o Brasil era um caos econômico, não conseguia estabelecer uma moeda, logo não havia investimento vido de empresas do exterior, não havia estimulo para o desenvolvimento tecnológico. Assim o país era muito atrasado, onde só realmente quem possuísse muito dinheiro poderia adquirir esses produtos.
Ok, mas onde isso se encaixa?
E foi um presidente recém alocado para o PMDB, sendo que foi originado de um partido sem nenhuma expressão política e ele havia conseguido seu cargo apenas por ter sido vice de Collor, assim quem assumiu o cargo foi Itamar.
Esse político não foi o autor de nada realmente marcante, mas sua atual posição permitiu que ele fizesse o acordo necessário para algo realmente importante.
Isso foi o plano econômico que deu origem a moeda real. A qual também não foi idealizada de forma completa pelo ministro que assumiu, no caso FHC, mas pelo time que FHC conseguiu montar e consultar.
Mas que fique bem claro que apesar do mérito da elaboração do plano econômico ter pouquíssimo envolvimento de FHC em sua elaboração, o mesmo usou sua posição para o aplicar no governo. Como consequência ele foi eleito e batizado de pai do real.
É exatamente nesse ponto que podemos chegar caso a Dilma sofra impeachment e assuma o seu vice, o mesmo até onde eu sei não possui capacidade para bem administrar o país do jeito que ele precisa, mas também não é tão demagogo como a Dilma, ou mesmo o Lula, a ponto de não aceitar ajuda para administrar e melhorar o país.
Aceitando ajuda o resultado de sua administração pode ser boa e pode resultar na criação de um herói, como aconteceu no governo Itamar com FHC. Esse herói pode ser alguém que não tenha sido candidato anteriormente, logo não tenha compromisso com a popularidade e tome as medidas necessárias, mas impopulares pois não tem um resultado imediato.
A grande verdade é que o país necessita de alguém que administre sem buscar popularidade imediata, pois a medidas tanto econômicas como as políticas necessárias não resultarão em algo benéfico de imediato. E nesse caso a popularidade será colocada em jogo, pois boa parte da população só aceita os resultados quando ocorridos de forma imediata.
Isso beneficia atitudes como a de Lula, que durante boa parte de seu governo recebeu um mundo que não só estava economicamente bem, como focava boa parte de suas necessidades em países com produção e desejo de consumo semelhantes ao do Brasil.
Sendo que em busca de riqueza e popularidade não trabalhou de forma que formasse uma base sustentável para que a mesma não fosse passageira.
Mas que fique bem claro que mesmo a população busca resultados imediatos, onde o sacrifício é algo que muitos acreditam que já o fizeram o suficiente, e que planejamento a maioria nem faz idéia do que envolve ou significa.
A grande verdade é que aconteça o que acontecer será doloroso no curto prazo, mas talvez gere algo mais satisfatório de modo mais duradouro.

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